Se o sapo barbudo virou Lulinha paz e amor, porque Bolsonazi não pode emplacar, nos próximos meses, uma versão despacito? Analistas concordam que não será fácil tornar mais palatável a imagem de extremista de direita – associada à homofobia, misoginia, racismo, apologia à tortura, defesa de um estado de exceção, entre outros predicados.
Mas lembram o próprio exemplo de Lula, que arrepiava o chamado mercado como um esquerdista imprevisível, e que, após 13 anos e três duras derrotas consecutivas, completou a metamorfose política que o levou ao Planalto duas vezes, de onde saiu com índices de aprovação históricos para um presidente. Pensando nisso, e em extrapolar seu nicho eleitoral – consequentemente, sair do córner dos 15% na pesquisa estimulada -, Bolsonaro já busca falar para um público fora do espaço dos convertidos.
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