O presidente dos EUA, Barack Obama, aparece de novo em primeiro lugar na
lista das pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes, anunciou a
publicação nesta quarta-feira (5).
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, aparece em 18º lugar na lista,
que tem 71 líderes mundiais, em uma referência à população mundial, de
aproximadamente 7,1 bilhões de pessoas.
Dilma está na lista, segundo a revista, porque dirige a sexta maior
economia do mundo e colocou "ênfase no fomento do empreendedorismo que
inspirou uma nova geração de empresários".
Três mais poderosos
Obama é seguido pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo presidente russo, Vladimir Putin.
A liderança de Obama foi justificada pela revista pelo fato de ele ser
"o comandante-chefe do Exército mais poderoso do mundo e a cabeça da
superpotência econômica e cultural".
Obama, "líder do mundo livre" segundo a "Forbes", chegou ao posto mais
alto da lista graças a sua contundente vitória eleitoral, embora ainda
enfrente grandes desafios, incluindo "uma crise orçamentária, uma taxa
de desemprego elevada e o renovado mal-estar no Oriente Médio".
O segundo lugar do ranking é ocupado pela primeira vez pela alemã Merkel.
A mulher mais poderosa do planeta é "a coluna vertebral dos 27 membros
da União Europeia e leva o futuro do euro em suas costas", diz a
"Forbes", que lembra que sua ferrenha defesa da austeridade como única
receita para lutar contra a crise de dívida "segue de pé", apesar das
críticas que enfrenta.
Vladimir Putin ficou com a terceira posição, já que em março deste ano
foi reeleito para ocupar por mais seis anos a presidência de seu país
após trocar de posto com o atual premiê Dimitri Medvedev, número 61 da
lista.
Completam os dez primeiros lugares o fundador da Microsoft, Bill Gates; o
papa Bento XVI; o presidente do Federal Reserve (Banco Central dos
EUA), Ben Bernanke; o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz
Al-Saud; o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi; o novo
líder chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David
Cameron.
Mudanças em EUA e China
"A lista deste ano reflete as mudanças de poder nos dois países mais
poderosos do mundo: os Estados Unidos e a China, disse Michael Noer,
editor-executivo da "Forbes".
Ele lembrou que o terceiro mais poderoso do ano passado, o presidente
chinês Hu Jintao, despencou, uma vez que está deixando o poder. Seu
sucessor, Xi Jinping, ficou em nono.
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e a secretária de
Estado, Hillary Clinton, que não devem ficar no segundo mandato de
Obama, saíram da lista.
Para criar o ranking, no qual a "Forbes" admite haver um grau de
subjetividade, os editores usam quatro critérios: em quantas pessoas
eles mandam, controle sobre dinheiro e outros recursos financeiros,
poder em múltiplas esferas ou arenas e uso ativo de poder.
Chávez e Piñera
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aparece em 48º graças a sua
reeleição, enquanto uma posição abaixo aparece o presidente do Chile,
Sebastián Piñera.
Mulheres
Apenas seis mulheres estão no ranking - além das já citadas Dilma e
Merkel, aparecem a presidente do Partido do Congresso da Índia, Sonia
Gandhi (12ª), e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, a
francesa Christine Lagarde (38ª).
As outras duas são a diretora geral da Organização Mundial da Saúde, a
chinesa Margaret Chan (58ª), e a secretária de Saúde dos EUA, Kathleen
Sebelius (68ª).
Na lista se destacam também o presidente francês, François Hollande
(14º); o multimilionário investidor americano Warren Buffett (15º); o
prefeito de Nova York, Michael Bloomberg (16º); o fundador do Google,
Larry Page (20º), e o jovem criador da rede social Facebook, Mark
Zuckerberg (25º).
Outros presentes são o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu
(23º); o magnata australiano Rupert Murdoch (26º); o executivo-chefe da
Amazon, Jeff Bezos (27º); o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti
(29º); o secretário-geral da ONU, Bank Ki-moon (30º), e o ex-presidente
dos EUA Bill Clinton (50º).
G1/portal paulista online via portal paulista
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