Segundo Carlos Maurício Prado, especialista em ginástica cerebral, o nosso cérebro funciona tal qual um músculo; quando estimulado, cresce, se desenvolve. Uma vez parado, encolhe e atrofia. Ele esteve em Natal, semana passada, fazendo palestras, aplicando oficinas e divulgando o livro “Ginástica Cerebral” (editora Século XXI), onde apresenta 32 exercícios, cada um com uma finalidade diferente; problemas de aprendizado, preguiça mental, quedas de auto-estima, memória, concentração e até mesmo medo de dirigir.
“A ginástica cerebral visa trabalhar os dois lados do cérebro ao mesmo tempo. Dividimos ele ao meio: o lado direito é da emoção e criatividade; já o lado esquerdo é da razão e do aprendizado. Às vezes, temos dificuldade; ‘li um livro e não entendi’, ‘quero lembrar mas não consigo’. É porque esses hemisférios ficam fora de sincronia. Então, a gente perde tempo, se sente mal, não consegue fazer o que precisa.”, diz Carlos Maurício.
De acordo com ele, quando encaixamos esses hemisférios de forma inteira, assim como uma engrenagem, o cérebro trabalha melhor. “E isso permite que nossa capacidade aumente; memória, concentração, auto-estima, aprendizado, raciocínio. Serve para qualquer pessoa.”
Carlos comenta o fato de só usarmos de 3% a 4% da capacidade de nosso cérebro – o que faz do órgão um grande desconhecido do próprio homem. Mas um programa diário de exercícios, exigindo que ele responda e trabalhe pode mudar esse quadro, aproveitando melhor sua capacidade de funcionamento.
“Quando nós acordamos de manhã, temos uma sequência: aquecimento cerebral de sete minutos; sete exercícios principais, de um minuto cada. A intenção é ligar o motorzinho da mente. É uma manutenção técnica preventiva do cérebro. Todo dia você faz com que seus hemisférios encaixem e isso permite que o rendimento seja melhor no trabalho, nos estudos, nos negócios”, indica o especialista.
A ginástica cerebral também evitaria os famosos “brancos” na hora de realizar provas, ajuda a prevenir doenças degenerativas na terceira idade, como o Mal de Alzheimer e de Parkinson, organiza o raciocínio para que o jovem aprenda mais rápido e com mais facilidade. “Nós já temos cem escolas no Brasil onde eu treinei os professores. Dentro de sala de aula, eles fazem os exercícios da ginástica cerebral com os alunos. Resultados espetaculares!”
Tribuna do Norte Via Robson Pires
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