A aprovação do registro do PSD pelo Tribunal Superior Eleitoral, ocorrida ontem à noite e estimulada pelo voto favorável e nunca surpreendente do ministro Marcelo Ribeiro, muda e muda muito o quadro partidário no Brasil.
O novo partido, comandado pelo prefeito (de São Paulo) Gilberto Kassab, nasce forte, robusto, capaz de fazer a diferença no Congresso Nacional.
Terá cerca de 60 deputados federais e de quatro a cinco senadores da República.
O DEM, de onde sairam e sairão a maioria dos novos correligionários, será o maior prejudicado. Vai afundar, dizem alguns. Pode até desaparecer, apostam outros.
E o PT e o PMDB também ficarão no prejuízo, porque ambos tendem a perder a hegemonia que construíram sobre o governo da presidente Dilma Rousseff.
Em particular, dois norte-rio-grandenses saem profundamente derrotados do episódio.
Um é o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, agora comandante de um partido pequeno, menor, sem qualquer importância. Na segunda-feira, em entrevista ao portal Terra, Agripino falou antes do tempo e tripudiou sobre os integrantes do PSD. Já ontem, conversando com o jornalista Josias de Souza, ele foi obrigado a engolir as palavras passadas e a exercitar um improvável jogo.
O outro que queimou a língua foi o deputado federal Henrique Eduardo Alves. Líder do PMDB na Câmara, deu uma entrevista convidando o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, presidente do PSD no estado, a ingressar no seu partido.
Ambos, Agripino e Henrique, perderam uma ótima oportunidade de ficar calados.
De novo.
Fonte: Brasília, Urgente
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