Na pauta, estavam as discussões sobre o encontro que foi realizado ontem entre os secretários do estado e os representantes dos sindicatos, que estiveram juntos na reitoria e que não apresentaram nenhuma proposta concreta aos professores.
Proposta esta que só apareceu hoje pela manhã, durante a assembléia. E pelo que parece, não foi nada boa.
O secretário de administração do estado enviou a seguinte proposta: Uma reposição salarial da ordem de 23,98 por cento em parcelas anuais, observando o limite prudencial estabelecido pela Lei complementar n}o 101/2000, mantendo-se diálogo permanente com as categorias para acompanhamento dos indicadores fiscais, de modo que com o resultado das medidas de aumento da receita, se pudesse ter segurança jurídica e financeira para avaliação do próximo relatório de gestão fiscal.
Também de acordo com a proposta, o descontingenciamento de recursos de custeio e de investimento de acordo com a programação financeira até o final do exercício de 2011, inclusive com a possibilidade de crédito adicional.
Constava ainda iniciar de imediato, a partir da composição de uma comissão composta por representantes do governo e da UERN, as discussões visando a definição de normas e percentuais de autonomia financeira para a universidade e a constituição imediata de um fórum permanente de negociação, composto por representantes do governo e da própria uern, com o objetivo de aprofundar as discussões relacionadas aos demais temas e pontos contidos da pauta de reivindicações dos vários seguimentos universitários.
A proposta caiu como um efeito bomba nas mãos de todos que estavam presentes, que votaram por uma greve imediata.
" A governadora brincou com a gente, como fez com as demais categorias, brincou com nossa expectativas, pedindo prazos e mais prazos , para depois dizer que não tinha nada de concreto para nós, vamos parar e enfrentar esse governo duro e autoritário, que não quer saber de negociações e fica brincando com os servidores a todo momento, e sabemos que a greve vai ser dura, mas vamos enfrentá-la", disse o professor Alexandro Nóbrega.
Já o professor Geraldo Carneiro, que usou da palavra aos presentes, foi bem mais além em suas colocações. " Ou a gente fecha a uern e paralisa nossas atividades agora, ou quem vai fechá-la de forma definitiva será a governadora Rosalba Ciarline.
Para o representante da ADUERN, professor Flaubert Torquato, com a deflagração dessa greve a partir de hoje, será feito todo um comando , para as próximas atividades, mas que os professores continuam aberto as negociações.
"Nós vamos fazer um comando de greve que vai levar toda a categoria para a luta, e vamos explicar a todos com clareza, os motivos que nos levaram a deflagrar essa greve na nossa universidade, e vamos deixar bem claro que os contribuímos com todos os prazos necessários, mas o governo não nos atendeu em nada, e por isso estamos em greve a partir de hoje", finalizou o professor Flaubert.
Sendo assim, tanto os docentes quanto os técnicos, resolveram não mais esperar e comandar a partir de hoje, essa greve em todos os quadros da Universidade, inclusive com a participação dos próprios alunos.
Ao todo serão mais de mil professores que irão paralisar suas atividades no seis campi da UERN em: Natal, Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros, Assu e Patú.
Fonte: http://www.correiodatarde.com.br/
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