sexta-feira, 12 de abril de 2019

Morar na Lua? Projeto cria condições para que logo seja possível

Projeção da visão da Terra a partir da aldeia a ser criada no polo sul da Lua Foto: (Divulgação)
Se a ideia de morar na Lua povoava os sonhos de nossos pais e avós, está cada vez mais próxima de se tornar realidade. A empresa de arquitetura Skidmore, Owings & Merrill (SOM) apresentou uma proposta para criar uma comunidade permanente: a Moon Village (Aldeia da Lua), “o primeiro assentamento humano permanente na superfície lunar”.
A iniciativa vem sendo desenvolvida junto à Agência Espacial Européia (ESA) e ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e pretende resolver uma série de problemas que atualmente impedem os humanos de se mudarem para lá.
“A Aldeia da Lua deve ser capaz de sustentar a vida humana em um cenário inabitável. Temos que considerar problemas sobre os quais ninguém pensaria na Terra, como proteção contra radiação, diferenciais de pressão e como fornecer ar respirável. O projeto apresenta um desafio completamente novo para o campo do design arquitetônico”, disse o parceiro de design da SOM, Colin Koop.
O plano é levar cápsulas infláveis pressurizadas – que abrigariam espaços de trabalho, residências, controle ambiental e sistemas de suporte à vida – e se instalar na borda da Cratera Shackleton, perto do Pólo Sul da Lua, que recebe luz do dia contínua durante todo o ano lunar.
Na parceria, eles utilizam seus conhecimentos para completar o projeto: a empresa supervisionou arquitetura, engenharia, planejamento urbano e design sustentável; a ESA forneceu a especialização do Centro Europeu de Astronautas e do Centro Europeu de Pesquisa e Tecnologia Espacial; e o MIT envolveu o departamento de engenharia aeroespacial da faculdade.
Os módulos infláveis têm proteção para torná-los resistentes a temperaturas extremas, projéteis, poeira e radiação solar e poderiam se expandir para três ou quatro andares, aumentando o espaço vital no futuro. A água, localizada em depressões perto do Pólo Sul e congelada, seria extraída para criar ar respirável, além de funcionar como propulsor de foguetes para o transporte e apoio de atividades industriais.
A proposta se encaixa no plano estratégico da NASA de “estender a presença humana mais profundamente ao espaço e à Lua para uma exploração e utilização sustentável a longo prazo”.
Globo, via Casa Vogue
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